junho 30, 2005

a sobrevivência da casa de Garrett


Há meses foi lançada a primeira pedra, com a criação de uma petição para salvar a casa onde viveu nos últimos anos de vida Almeida Garrett.

Em conjunto com o Fórum Cidadania Lisboa, (o qual está de parabéns pelo enorme esforço e empenho aplicado), foram arregaçadas as mangas e posta mão na obra que o Ministro da Economia queria para esta bonita casa da Saraiva de Carvalho: um apartamento T3, dois T4 e um duplex.

Fico perplexa pela quantidade de tinta e ministérios que foram corridos, quando em Praga todas as casas onde Kafka respirou são preservadas como ponto de atracção turística, e em Viena todas as casas dos compositores seguem o mesmo caminho de importância cultural.

Será muito difícil entender que o futuro do nosso país pode passar por turismo de qualidade e que todas estas jóias são dádivas culturais que enriquecem Portugal?

Que o nosso pedaço de terra à beira mar plantado, pode além de um país dos oceanos, também ser visto como um país profundo do Sul, denso e com alma, onde a literatura pode marcar um lugar de charme para a Europa e para Mundo? A casa só por si é linda e nunca deveria ser destruída.

Mas hoje uma excelente notícia, que me deixou contente e esperançada. Depois de ter sido parada a demolição, surge hoje a proposta da permuta, tal como aconteceu com o lindíssimo cinema Paris,o qual ainda aguarda projecto.

a todos os que assinaram a petição e amam Lisboa, obrigada.